Somos Todos Teólogos - R. C. Sproul.pdf
A palavra teologia vem do grego theós (Deus) e logía (estudo, discurso). Assim, teologia significa, literalmente, "discurso sobre Deus" ou "estudo de Deus". No contexto cristão, a teologia é o esforço racional e espiritual de compreender quem é Deus, como Ele se revela, qual é Seu plano para o ser humano e como devemos responder a essa revelação.
Teologia não é apenas um exercício intelectual: é também uma busca por viver em comunhão com Deus, segundo a fé revelada na Escritura. Por isso, o estudo da teologia envolve tanto a mente quanto o coração.
A teologia cristã parte da fé revelada nas Escrituras, mas busca compreender essa fé com profundidade. É, como já disseram autores cristãos, a "fé que busca entendimento" (fides quaerens intellectum). A fé não é cega; ela pensa, questiona, busca sentido e verdade.
O cristão que estuda teologia quer conhecer melhor o Deus em quem crê. Assim como se deseja conhecer melhor alguém que se ama, o teólogo cristão deseja conhecer mais profundamente o Deus que o salvou.
A teologia cristã possui métodos próprios de investigação. Esses métodos respeitam a fé, mas também seguem critérios de lógica, coerência e fidelidade às fontes. Entre os principais métodos, destacam-se:
Esses métodos não competem entre si, mas se complementam. Juntos, ajudam o teólogo a construir uma compreensão mais profunda, fiel e prática da fé cristã.
A teologia cristã possui quatro fontes principais, conhecidas como a “tétrade da teologia”:
Escritura Sagrada – A Bíblia é a fonte primária da teologia. É nela que Deus se revela de forma especial.
Tradição – São os ensinamentos, práticas e confissões da igreja ao longo dos séculos. A tradição ajuda a interpretar corretamente a Escritura